ESTRANHO CONSIGO
Há um estranho dentro de si
Sim, eu posso ver
Você acha que eu não o vi
Não tente me entreter
Com seus jogos de poder
Com suas falácias
Sua coleção de audácias
Essas idéias se misturam como num caleidoscópio
Pra ver dentro de sua couraça
Honestamente, eu nem preciso de telescópio
Não há véu que desfaça
A constante agonia
De ter um estranho dentro de si
Que em sua soberania
Se chama "você mesmo"
O si que eu vi
É o mesmo que existe aqui
E nessa simetria do si
Só posso falar
Com um pouco de pesar
Que, agora, eu parti.
Há 10 anos
Um comentário:
Dois... Haha... Por que que agente se parece tanto?
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