SUSPIRO
Quando o quarto fechado
Lacrado
É cheio
De anseio
Gralhas insistentes
Entoam um chamado
Incessante
Incomodam sem cuidado
Mas é de sua natureza
Não se pode julgá-las
Por serem persistentes
Poeira
Sinal que dias passaram
Canto dos que esconderam
Ao menos este pó
Preenche os espaços
Vazios
Sem dó
Suspiro fatigado
O ar que entra nos pulmões
Eu instigado
A me encher com algo
Acabar com os espaços
Nem que seja de vento
Esquecer desse lamento
Mas a pior hora
É quando ele sai
E tudo se esvai
Pois mais uma vez
Eu permaneço
Fechado
Lacrado
E cheio de anseio
Há 10 anos
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