quinta-feira, 12 de março de 2009

O errado do errado do errado

TROPEÇO


Falho
Nas minhas mãos um retalho
Falta pouco pra viver
Mas já era
Antes de perceber
Destruo tudo sem espera

Campos metafísicos de admiração
Desejos perturbadores
Bajulação
E em seguida admiradores

Tuas mãos que se exploram
Deslizam por caminhos conhecidos
E bem recebidos
Risos que não demoram
Falsos
Passos dados descalços

Eu traio sua confiança
Você não dá a mínima
Até ri
E então eu percebi
Minha própria desesperança

Mandos e desmandos
Todos errados
Sentimentos escarrados
De forma visceral
Meu eu mais animal
Domina minhas mãos

Não espero que entenda
Falta-me direção
Essa linha que emenda
Minha auto-destruição

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