Há 10 anos
domingo, 9 de agosto de 2009
Nadando pelo ar...
GOTAS
Maldito teto permeável
Lhe condeno a execução
Não sou nem um pouco maleável
Mas fiel ao coração
Por suas frestas navegam
Mil gotas todo dia
Pontos de água que trafegam
E caem na maior alegria
Me sentia numa perfeição fajuta
E subitamente o som conhecido
Gotas no chão bagunçando minha labuta
Trazendo tudo aquilo que foi esquecido
Acode o chão e ponha uma bacia
Salve-o deste gotejar
Solo vermelho como melancia
Que desanda a lamentar
Fico olhando a goteira
Não adianta meu praguejo
O céu não tem uma torneira
Isso é tudo que desejo
Que fechem as portas do divino
E então parem as trovoadas
Pois trazem meus medos de menino
Medo das coisas abandonadas
Água que apaga o fogo
Então dorme menininho
Vê se esquece esse jogo
De no fim sempre ficar sozinho
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Um comentário:
Eu nunca, nunca ia pensar num solo vermelho como melancia.
Comentário bobo: eu achei tão bonitinho :D
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