sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Como água e óleo...




AMOR E MEDO


Fala-se de amor constantemente
Como uma matraca
Incessantemente
Um barco de idéias que se atraca
No cais do senso comum
Em toda minha honestidade
O de muitos não me traz apego algum
Buscam extrema facilidade

Fala-se de amor constantemente
Na espera de um consolo
Eu lhe afago vagarosamente
Buscando afugentar o medo
Mãos que tentam afastar o dolo
Porém
Este é sólido como um rochedo

O amor não mata o medo
E o medo elimina o amor
Isso pra mim não é segredo
Mas é algo que causa muita dor
Buscando sempre uma reparação
De um passado descabido
Perde-se o reparador
Sem perceber que o teve perdido

Fale então de amor
De forma constante
Mas fale de forma vibrante
Sem se entregar ao temor
A lamúria de um final
Pode se tornar real
E chorar do que era criação
Será sua única opção

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