Há 10 anos
domingo, 26 de abril de 2009
Se é que existe
O VALOR DE UMA SOLIDÃO
Muito se fala de companheirismo e de amizade
Porém questiono se alguém fala de solidão
O "ão" na palavra aumenta sua dimensão
Exagera-se esticando o ficar sozinho
Por toda a infinidade
Pergunto a cada um que isto lê
O quão sozinho você se sente
E se vê
O quanto consegue suportar
Sem que lamente
Um momento a sós consigo mesmo
Busca-se tanto um abraço
Um outro para apoiar
Porém há momentos que me desfaço
Quero mesmo é o isolar
Coberto por meus mantos
Eu não entro em prantos
Na verdade dou risada
Afinal
Reclamo tanto do vazio ao lado
E fico agora
Sem querer ser importunado
Não é que os outros sejam culpados
Esse é um veredito que só cabe a mim
Buscando preencher meus elos descoordenados
Falar da vida e ouvir um sim
Mas ao menos pelo momento
Esse é o meu intento
Ao meu lado
Só o silêncio
Estou aliviado
terça-feira, 14 de abril de 2009
Erros e lamentos
ECOS
Sozinho estou neste banco com vista para o mar
Mágoa que cresce por dentro e me consome
Difícil é aquele momento de agonia aonde tudo some
E então tudo que consigo é lamentar
Falhas geradas por um senso imperfeito
Eu só queria no fundo é a felicidade
Mas que doce ilusão
Não devo dizer nada a respeito
Odeio o seu olhar de piedade
Prefiro meu banco que alimenta a solidão
Será que foi um erro o que fiz
Um abraço que teve seus custos
Você fala que esquece mas depois se desdiz
Quero sair correndo pela grama dos pastos
Devia apenas voar pelo mundo
Não dar trela para estes medos descabidos
Mas lá vem você com seu mando
Toma meus presentes recém recebidos
Mas não posso lhe culpar
Pois tem razão de me detestar
Vozes susurram pelas minhas costas
Não tenho como emitir respostas
E é isso o que causa mais dor
Pois suas palavras ecoam
E ressoam
Chegam a mim com todo ardor
Minha família que funciona
E também não tarda a falhar
Falar disso é algo que me emociona
Honestamente eu só quero é chorar
Quero saber aonde fiz errado
Será que podia ter consertado
Mas o tempo não retorna
Só o que volta
São os ecos
Do passado que foi regado
Na mais pura água morna
quinta-feira, 9 de abril de 2009
E mais uma vez...
FALTA
Falta pouco
Um pouco de esperança
E eu aqui ficando louco
Abraçando a minha criança
Porque ainda se dispõe
É algo que não entendo
Não vê que estou tentando
Você nem se opõe
Comodismo
Rima com modismo
E tem um pouco de moda
Tão velho
Quanto a invenção da roda
Não posso ser
Muito além de mim mesmo
Parece não entender
Vejo você pasmo
Procura em mim
Algo que falta em si
Na sua ânsia sem fim
De preencher o vazio em ti
Por essas rimas disformes
Não espero que se conformes
Só posso lamentar
Pela falta do que faltar
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Um pouco de insegurança
DESEJO
Me pergunto se sou lido
Será que me reparam
Alguém me ceda o ouvido
Palavras que se comparam
Nesta de querer atenção
Uma dose de inconsistência
Sinto-me na obrigação
De me desculpar pela insistência
Deve ser um mal de quem escreve
De quem canta ou de quem atua
Espero que este mal você releve
Minha dor também é sua
Tantos conflitos existenciais
Uma adolescência permanente
Mas falo de coisas fundamentais
Basta você não ser descrente
Sua pele exposta
Olhos que buscam resposta
Riscos dolorosos
Entregam ares pesarosos
Fale o que quiser
Negue se puder
Mas pelo que tenho entendido
Você também quer ser lido
Me pergunto se sou lido
Será que me reparam
Alguém me ceda o ouvido
Palavras que se comparam
Nesta de querer atenção
Uma dose de inconsistência
Sinto-me na obrigação
De me desculpar pela insistência
Deve ser um mal de quem escreve
De quem canta ou de quem atua
Espero que este mal você releve
Minha dor também é sua
Tantos conflitos existenciais
Uma adolescência permanente
Mas falo de coisas fundamentais
Basta você não ser descrente
Sua pele exposta
Olhos que buscam resposta
Riscos dolorosos
Entregam ares pesarosos
Fale o que quiser
Negue se puder
Mas pelo que tenho entendido
Você também quer ser lido
Assinar:
Postagens (Atom)