terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um segundo basta

DESESPERO

Falta me ar
Hidrofobia
Já não valia
Obedecia
Ondas do mar

Fale o lugar
Na multidão
Desesperança
Sem emoção
Desvalidão
Deixe passar
A temperança

Fraco mudar
Sem relevar
Fuga
Que me suga
Mais do que o amor
Vejo temor

Feito o luar
É o desespero
Amargo tempero
Desarrumar
Sem objetos
Sem opção
Vão todos quietos
Em procissão

Minha não esperança
É o novelo de alguém caprichoso
É a mão de um velho temeroso
Que não se cansa
Mas se amansa

Corvos no jardim do Éden
E o espantalho sou eu
Mas o desespero é seu
Com restos do que é meu

Nenhum comentário: