DESESPERO
Falta me ar
Hidrofobia
Já não valia
Obedecia
Ondas do mar
Fale o lugar
Na multidão
Desesperança
Sem emoção
Desvalidão
Deixe passar
A temperança
Fraco mudar
Sem relevar
Fuga
Que me suga
Mais do que o amor
Vejo temor
Feito o luar
É o desespero
Amargo tempero
Desarrumar
Sem objetos
Sem opção
Vão todos quietos
Em procissão
Minha não esperança
É o novelo de alguém caprichoso
É a mão de um velho temeroso
Que não se cansa
Mas se amansa
Corvos no jardim do Éden
E o espantalho sou eu
Mas o desespero é seu
Com restos do que é meu
Há 10 anos
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