Há 10 anos
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
ENTENDER
Sopro solto de verão
Abismo sem um mar
Me pergunto se verão
O altíssimo desandar
Sopro solto de inverno
Água adentro vou nadar
Com um gosto de inferno
Pra areia borbulhar
Sopro solto de outono
Crie tudo que quiser
Chega até me dar sono
Fantasia o que vier
Sopro solto de primavera
Não tem como consolar
Já que tudo que espera
É um sonho pra te salvar
Fico aqui a entender
Com quatro estações distintas
Teu inverno faz a neve derreter
Como espera que me sintas
Não temo nenhum girar
E nem a tênue aspereza
Mas não quis me adentrar
Nas estações da incerteza
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