domingo, 13 de setembro de 2009

Que saco viu

Honestamente, vejo esses últimos trecos que escrevi, e se tivesse coragem ou masoquismo suficiente, me daria uns socos. Quanta baboseira sentimentalóide e depressiva.

Pra contra-balancear tanta viadagem:




E isso: http://www.youtube.com/watch?v=L38d8P6Y8rU

Obrigado.

sábado, 12 de setembro de 2009

Até mesmo por eles..



ESQUECIDO


Basta um segundo
Um milésimo de momento
E lá vem o esquecimento
Não sou mais que um moribundo

Levante de seu encosto
Teu medo já foi exposto
Então não há o que lamentar
Só resta fugir para o luar

Ser esquecido pelos esquecidos
Esse é o pior momento
Passos tristes e enfraquecidos
O vendaval é o que enfrento

Se faça de vítima incondicional
Grite como um irracional
Mas apenas para si
Você olha minha dor e ri

Talvez tenha um sentido
No sorriso de crueldade
Não basta ter vivido
Sem sentir uma saudade

E falta mesmo eu só sinto
De esquecer que não existo
Mas é claro que eu minto
Não sei nem porque insisto

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nem adianta ir contra


O INATIVO


E você bate os pratos
Grita e sapateia
Insiste nos seus atos
Eu sei o que anseia

Oito ou oitenta
Com longos períodos de oito
Um garoto muito afoito
Uma alma muito atenta

Mal largou as vestes antigas
E das suas velhas cantigas
Insiste que deve renovar
Deve ser hora de mudar

Mas o corpo dita leis
Que o coração não entende
Ambos são teus Reis
Pegue as falas e remende

Após muita lamentação
Um período de aridez
Sinto toda a escassez
De uma mínima emoção

Entendendo a paralisia
De um coração inativo
É nessa falta de histeria
Que não vivendo eu vou e vivo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

E um dia falaram por aí




VIVER O SONHAR


Deitado em meu leito
Inerte
A realidade se inverte
E brinca com seu trejeito
De força manipuladora
Criando uma cama sonhadora

Eu sonhei
Um sonho cheio de sonhos
Nenhum deles me pertencia
Em minha solitude
Sozinho permanecia
E sonhando eu sonhei
Em ter vários sonhos

Alguns anseiam por ter
Outros por ser
E mais uns por fazer
Eu só queria desvanescer
Desaparecer
Como o vento, espairecer
Passa rápido, todos sentem
Mas em um instante
Todos estão a esquecer

E como vendaval imaginário
Iria fazer algo extraordinário
Lhe visitar nas tardes de verão
Será que teus amigos me verão?
Espero que apenas me sintam
E quando perguntado sobre mim
Apenas mintam
Que não viram nada

Miríade fosca de imagens
Cores selvagens
Não entendo as mensagens
Mas nada me importa
No fim o que conforta
É que logo irei acordar
No mundo real
Não tenho que sonhar